Tudo o que é bem feito desperta interesse e fazendo mídia regional não é diferente. Veja o caso das nossas novelas brasileiras, por exemplo. Se observarmos o índice de venda de novelas brasileiras no mercado internacional, vemos que são concentradas em países onde o consumo de TV aberta é muito forte e com alta concentração de meios de comunicação.
Atingir a Europa, os EUA ou até mesmo a Ásia é o último do objetivos da produtora da novela. O foco é sempre fazer bem feito para o público-alvo (os brasileiros) e, conforme o sucesso da produção, esse material começa a ser procurado e adaptado para outros países.
Com a mídia regional é a mesma coisa. Muitas vezes é perda de dinheiro divulgar para o Brasil inteiro, esperando um resultado massivo. É bem mais proveitoso (e barato) regionalizar a publicidade de sua empresa, prezando pela qualidade do alcance, do material, do produto ou serviço, enfim, de tudo o que está ligado a promoção.
Conforme sua empresa for ganhando espaço e notoriedade, você alcançará o restante do país praticamente de graça.
A regionalização é uma ferramenta fortíssima para as estratégias de marketing
Antes da revolução digital encolher o mundo e fazer a troca de informações com pessoas de outra cidade, país ou continente tão fácil quanto com o vizinho, praticamente toda empresa investia em regionalização quase que espontaneamente.
A revolução digital trouxe uma facilidade de acesso a serviços e produtos de empresas fora da nossa região, mas é preciso ter em mente que ter acesso não é a mesma coisa do que ter uma boa comunicação. É aí que entra a mídia regional.
O objetivo da regionalização é voltar as raízes (e aos benefícios) da publicidade regional. Por exemplo, consumidores gaúchos e nordestinos podem falar a mesma língua (apesar de algumas diferenças culturais e convenções linguísticas).
No entanto, é preciso reconhecer que são públicos completamente diferentes (muitas vezes parece até serem de países diferentes), levar essas diferenças em conta e adaptar suas mensagens para esses especificamente.
Empresas regionais com impacto nacional
O termo “glocal” tem sido muito usado ultimamente para se referir a empresas com estruturas globais e atuações regionais. No Brasil, muitas marcas regionais desempenham um papel semelhante: tem seu foco comercial uma determinada região, mas, ou por causa uma estratégia de marketing digital bem sucedida, ou por uma boa comunicação aliada à distribuição, conseguiram ganhar proporções nacionais. É o caso das marcas como Giraffas, Aymoré, Banorte, Beach Park e Guaraná Jesus.
Gustavo Bastos, fundador da agência 11:21, ressalta que o maior desafio de atender o seu cliente, a cervejaria Rio Carioca, é gerar repercussão e conseguir estabelecer um diálogo com o público.
“Aproveitamos o fato de ela ser regional e ter no próprio nome a identidade carioca para explorar um conceito bem amarrado com a cultura do consumidor da região. Levar a personalização do carioca e seu estilo de viver e pensar, seu humor, para a comunicação é o mais divertido”, diz Bastos.
É importante ter em mente que a regionalização é muito mais do que anunciar em determinada região, trata-se de adaptar sua mensagem para garantir que ela atinja em alto e bom som, apesar das diferenças e expectativas regionais ou culturais.
Essas marcas fizeram tão bem feito seu trabalho regional que ganharam notoriedade nacional. Algumas dessas marcas são desejadas em todo o canto do país, apesar de não estarem lá. É o caso do Guaraná Jesus, que ainda tem sua maior força na região do Maranhão, mas a Coca-Cola (proprietária da marca desde 2001) já está mirando em novos mercados.
Mídia Regional é com a Soluções Mídia Brasil
Já vimos aqui no blog sobre mídia regionalizada e as suas vantagens em atingir o seu público-alvo com mais eficiência. Mas não apenas atingir, a regionalização também serve para conhecer o seu público.